Carta 76 – À razão perfeita chamamos a virtude.
Ameaças cortar relações comigo se não te der parte de todas as minhas ações diárias.
Ora vê com que franqueza eu te abro a minha vida, se até isto te vou confessar: ando a escutar as lições de um filósofo (1), já há cinco dias que frequento a sua escola onde assisto desde as duas horas da tarde às suas preleções!
“Bela idade para ir à escola!?”
E por que não? Não será o cúmulo da insensatez desistir de estudar só porque há muito tempo já que se deixou a escola?
“Ora essa! Então eu hei-de pôr-me aó nível dos miúdos, dos adolescentes?”
Dar-me-ei por muito satisfeito se a minha velhice me não der outros motivos de que me envergonhe: a escola de filosofia aceita gente de todas as idades.
“Então é para isso que envelhecemos, para imitar os jovens?”
Pois se eu, apesar de velho, posso ir ao teatro e ao circo, se não há combate de gladiadores a que eu não assista, porque hei-de envergonhar-me de ir assistir às lições de um filósofo? …
Temos de estudar enquanto formos ignorantes; e, se é verdadeiro o provérbio, temos de aprender até morrer! Em nenhum caso, aliás, o ditado se aplica melhor do que neste: enquanto vivermos, temos de aprender a viver!
E eis aqui um ponto em que eu posso ensinar alguma coisa. Sabes o quê? Que mesmo um velho tem sempre algo a aprender. De resto, sempre que entro na escola, sinto vergonha da espécie humana.
Como sabes, para chegar à casa de Metronacte, é preciso passar à beira do teatro de Nápoles. O teatro está sempre cheio, e é com todo o calor que o público se pronuncia sobre o talento dos flautistas; qualquer trompista grego, qualquer arauto(2) tem sempre assistência.
Em contrapartida, na casa onde se investiga o que é um homem de bem, em que se aprende a ser homem de bem… apenas meia-dúzia de assistentes!(3) E mesmo esses dão ao comum dos mortais a impressão de não terem nada de importante a fazer: imbecis e preguiçosos, é como lhes chamam!
Quanto a mim, podem troçar à vontade; há que ouvir com serenidade os insultos da gente inculta, pois quem segue a via da moral só pode sentir menosprezo pelo menosprezo em que é tido …
Continua, Lucílio, esforça-te por que não te suceda o mesmo que a mim: começar os estudos na velhice. E esforça-te tanto mais quanto enveredaste por um estudo que dificilmente chegarás a dominar mesmo na velhice.
“Até que ponto poderei progredir?” – perguntas-me.
Até ao ponto onde chegarem os teus esforços. De que estás à espera? O saber não se obtém por obra do acaso. O dinheiro pode cair-te em sorte, as honras serem-te oferecidas, os favores e os altos cargos poderão talvez acumular-se sobre ti: a virtude, essa, não virá ter contigo!
Não é sem custo, sem grandes esforços, que chegamos a conhecê-la; mas vale bem a pena o esforço, porquanto de uma só vez se obtêm todos os bens possíveis.
De fato, o único bem é aquilo que é conforme à moral; nos valores aceites pela opinião comum não encontrarás a mínima parcela de verdade ou de certeza. Como tu achas que na minha última carta não te deixei bem explicado por que motivo eu te digo que o único bem é o bem moral – em teu entender é uma proposição que eu expus sem provas! – , vou resumir-te concisa e logicamente tudo quanto já então te disse.
Cada coisa é avaliada por uma qualidade específica. O valor da videira está na sua produtividade, o do vinho no seu sabor, o do veado na sua rapidez; o que nos interessa nas bestas de carga é a sua força, pois elas apenas servem para isso mesmo: transportar carga. Num cão a primeira qualidade é o faro, se o destinamos a seguir a pista da caça, a velocidade, se queremos que ele persiga as feras, a coragem, se pretendemos que as ataque à dentada. Em cada ser, portanto, há uma qualidade que predomina, para cujo exercício nasce, e em virtude da qual é avaliado.
Ora qual é a qualidade suprema do homem?
A razão: graças a ela o homem supera os outros animais e aproxima-se dos deuses.(4)
Por conseguinte, o bem específico do homem é a razão perfeita, todas as suas restantes qualidades são-lhe comuns com os animais e as plantas. O homem tem força: também os leões. É belo: também os pavões. É veloz: também os cavalos. Não digo que em relação a todas estas qualidades ele seja superado, nem me interessa qual a qualidade que o homem tem mais desenvolvida, mas sim qual é a sua qualidade única, específica.
O homem tem corpo: também as árvores: Tem capacidade de se mover instintiva e voluntariamente: os animais e os vermes também. Tem voz: mas muito mais sonora é a voz do cão, mais estridente a da águia, mais grave a do touro, mais doce e ágil a do rouxinol!
Qual é a qualidade exclusiva do homem?
A razão: quando a razão é plena e consumada proporciona ao homem a plenitude. Por conseguinte, uma vez que cada coisa quando leva à perfeição** a sua qualidade específica se torna admirável e atinge a sua finalidade natural, e uma vez que a qualidade específica do homem é a razão, o homem torna-se admirável e atinge a sua finalidade natural quando leva a razão à perfeição máxima.
À razão perfeita chamamos a virtude, a qual é também o bem moral. (5)
Por isso o único bem para o homem é aquele que é especifico do homem; neste momento não estamos investigando o que seja o bem, mas sim em que consiste o bem próprio do homem.
Se nenhum outro bem é exclusivo do homem além da razão, então a razão será o seu único bem, embora venha combinada com as demais qualidades. Se um homem é mau, entendo que merece desaprovação; se é bom, entendo que merece aprovação. Por conseguinte o primeiro e único bem do homem é aquele que faz o homem incorrer na aprovação ou desaprovação.
Tu não duvidas da realidade deste bem; duvidas apenas é que seja o único bem para o homem. Imagina um homem que possua tudo o mais (saúde, dinheiro, numerosas estátuas de antepassados, átrio cheio de gente (6) ) mas que seja reconhecidamente mau: tu condená-lo-ás. Imagina agora outro homem, carecido de tudo o que mencionei acima (nem dinheiro, nem abundância de clientes, nem nobreza, nem árvore genealógica) mas que reconhecidamente seja bom: dar-lhe-ás a tua aprovação!
É este, portanto, o único bem do homem: se alguém o possui, mesmo desprovido de todos os outros, merece a máxima consideração, se não o possui, mesmo dotado em profusão de todos os outros bens, sujeita-se à condenação e rejeição dos demais.
A condição do homem está no mesmo plano que a das restantes coisas. Ninguém diz que um navio é bom por ser pintado de cores esplendorosas, ter um esporão de prata ou ouro, ter o teto dos camarotes ornado a marfim, ou por o seu carregamento ser de moedas ou objetos valiosos; o que se lhe exige é que seja equilibrado e sólido, que tenha as juntas bem calafetadas e seja estanque, que seja capaz de aguentar o embate das ondas, obediente ao leme, veloz e resistente ao vento.
Um gládio diz-se que é bom, não quando pende de um cinturão dourado ou tem a bainha enfeitada de pedras preciosas, mas sim quando o gume é acerado para cortar, e a ponta capaz de fender todas as couraças. Não se exige a uma régua que seja bonita, mas sim que seja rigorosamente reta.
Ou seja, cada objeto é avaliado segundo a sua finalidade, segundo a sua qualidade específica. Por conseguinte, também na avaliação de um homem é irrelevante a área das terras de cultura que possui, a quantidade de dinheiro que empresta a juros, o número de clientes, o preço do leito em que dorme, ou a transparência dos seus cristais: interessa é saber até que ponto ele é bom! Um homem será bom se a sua razão for desenvolvida e justa, e se estiver adequada à plena realização da natureza humana.
É a isto que se chama “virtude”, nisto consiste o bem moral, que é o único bem próprio do homem. Dado que só a razão dá a perfeição ao homem, também apenas a razão o pode tornar perfeitamente feliz; ora o único bem do homem é aquele que só por si o pode tornar feliz.
Nós chamamos igualmente “bens” a todos os outros que da virtude derivam e por ela são conformados, ou seja, a todas as obras realizadas por meio da virtude; precisamente por este motivo é que a própria virtude será o único bem, porque sem ela coisa alguma é um bem.
Se todo o bem reside na alma, então será um bem tudo quanto contribui para dar à alma firmeza, elevação, largueza; ora a virtude torna a alma mais forte, mais sublime, mais vasta. Tudo o mais, tudo o que excita os nossos desejos, abate e amolece igualmente a alma e, enquanto parece elevá-la, apenas a incha, iludindo-a através de um cúmulo de vaidade.
Por conseguinte, o único bem será aquilo que torna superior a nossa alma. Todas as ações praticadas ao longo da vida são reguladas pela consideração do que é conforme à moral ou contrário a ela, é nesta consideração que residem os motivos de fazer ou não fazer qualquer ação.
Dito por outras palavras: um homem bom fará aquilo que considera ser conforme à moral embora seja difícil, fá-lo-á ainda que acarrete prejuízo material, fá-lo-á mesmo que seja perigoso; em contrapartida, não fará o que for imoral, mesmo que isso lhe proporcione dinheiro, prazer, poderio; coisa alguma o desviará da moral, coisa alguma o aliciará a praticar uma vileza!
Em conclusão, um homem que se disponha a seguir a moral e a evitar o imoral aconteça o que acontecer, um homem que ao longo da vida tenha sempre presentes, ao agir, estas duas considerações – que só é bem o bem moral, que não há mal senão o mal moral – , um homem cuja virtude permaneça inalterada e se mantenha sempre igual a si mesma, um tal homem tem na virtude o seu único bem, dando por adquirido que a virtude não pode deixar de ser um bem. Tal homem , está ao abrigo da transformação – pois se a insensatez pode aceder à sabedoria, esta nunca pode retroceder até à insensatez!
Já te referi, se bem te lembras, como tem havido pessoas que, por um mero impulso irrefletido, foram capazes de vencer situações geralmente objeto ou de desejo ou de temor pelo comum dos mortais: há exemplos de quem tenha abandonado a riqueza, (7) há exemplos de quem tenha posto a mão sobre , as chamas, (8) de quem não deixasse de sorrir em plena tortura,(9) de quem retivesse as lágrimas nos funerais dos próprios filhos,(10) de quem enfrentasse a morte com intrepidez(11) de fato, uma paixão, um movimento de cólera, uma ambição podem chegar para que desprezemos o perigo.
Ora daquilo de que é capaz um instantâneo impulso da alma excitada por um qualquer estímulo, não o será muito mais ainda a virtude, cuja força é contínua, e não dependente de um ímpeto de momento, a virtude – cujo apanágio é uma energia permanente?
Daqui se conclui que situações superadas ocasionalmente pelos não sábios mas vencidas sempre pelos sábios não são em si mesmas boas ou más. O único bem é, por conseguinte, a virtude, a qual avança altaneira entre todos os graus da fortuna ostentando total desprezo por ambos os seus extremos!
Se aceitares a opinião segundo a qual existe outra espécie de bem que não o bem moral, o resultado será toda a virtude tornar-se periclitante; ou melhor, não nos será possível alcançar a virtude se visarmos outra coisa além dela própria.
Uma semelhante opinião é contrária à razão, da qual provêm todas as formas de virtude, e é contrária à verdade, a qual não pode existir sem a razão; ora toda a opinião contrária à verdade é uma opinião falsa. Tu admites que necessariamente o homem bom deve manifestar o máximo respeito em relação aos deuses. Logo, ele aceitará com equanimidade tudo quanto lhe suceda, ciente como está de que tudo lhe sucedeu em conformidade com a lei divina donde tudo procede.
Sendo assim, para esse homem o único bem é o bem moral; o seu modo de agir consiste em obedecer aos deuses, em não se encolerizar com os acidentes inesperados, em nunca deplorar a sua sorte, mas sim em aceitar o destino e em cumprir as suas determinações.
Se admitirmos que há outro bem além do bem moral, então seremos perseguidos pelo apego à vida, e pelo apego às coisas que “ornamentam” a vida – o que é insuportável, infindável, indeterminado! Logo, o único bem é o bem moral, o único que consente a justa medida.
Já atrás disse que, caso considerássemos bens coisas (como a riqueza ou os cargos públicos) de que os deuses não usufruem, então teríamos de admitir que a vida dos homens comporta mais felicidade do que a vida dos deuses. (12)
Acrescenta agora que, se as almas permanecem depois de separadas do corpo, então a sua situação mantém-se mais feliz do que quando estavam unidas ao corpo. Sucede, porém, que, caso considerássemos como bens aquelas coisas que usamos por meio do corpo, as almas libertadas estariam numa situação inferior: ora, é contrário às nossas convicçoes considerar as almas confinadas aos limites do corpo como mais felizes do que as já libertas e integradas no todo do universo.
Também já disse que, considerando como bem aquilo que é comum aos homens e aos animais irracionais, seríamos constrangidos a pensar que os animais irracionais gozam de felicidade, o que é impossível de admitir. Tudo devemos suportar para garantirmos o bem moral, coisa que não teríamos de fazer caso houvesse outro bem além do bem moral.
Apesar de já ter explanado amplamente esta questão na minha última carta, não quis deixar de retomar esta ideia e de passar em breve revista os pontos principais. É que nunca esta teoria aparecerá como verdadeira aos teus olhos se tu não elevares o teu espírito, se não te interrogares sobre a tua disposição para morrer (caso as circunstâncias o exijam) pelo bem da pátria, de resgatares com a tua vida a salvação dos teus concidadãos se te ofereceres à morte, não apenas com resignação mas com alegria!
Se fores capaz de agir desta maneira, é porque para ti só o bem moral é um bem, pois desprezas todos os outros bens a fim de alcançar aquele. Vê de que força dispõe o bem moral: tu serás capaz de morrer pela comunidade, e fá-lo-ás sem hesitação desde o momento em que te persuadas de que essa é a ação justa.
Pode dar-se o caso de uma tão bela ação, ainda que por um exíguo espaço de tempo, nos proporcionar uma imensa alegria; embora o fruto de tal ação já não venha a reflectir-se sobre o homem que, pelo seu ato, se eximiu às contingências da vida humana, pelo menos ser-lhe-á motivo de contentamento a contemplação do que vai fazer: um homem corajoso e justo, quando prevê o que pode resultar da sua morte – a liberdade da pátria, a salvação de todos aqueles em cujo benefício arrisca a vida – sente-se possuído da máxima satisfação e como que saboreia os perigos em que incorre!
Mas mesmo um homem a quem é negada a alegria da contemplação do seu ato supremo e derradeiro, nem por isso hesitará em oferecer-se à morte, contentando-se com a convicção de agir conforme a justiça e o respeito pelo próximo. Podes apresentar-lhe argumentos a ver se o demoves, podes dizer-lhe “que o seu ato em breve será esquecido, ou que bem exígua será a gratidão dos seus concidadãos.” Sabes o que te responderá? “Todas essas considerações são exteriores ao meu ato, enquanto eu só penso no ato em si; sei que é um ato conforme à moral, e, por isso, onde quer que me guie e chame o bem moral, eu estarei presente!”
Este é, portanto, o único bem – um bem sentido não apenas por uma alma que já atingiu a perfeição, mas mesmo por qualquer homem que tenha um carácter nobre e virado para o bem. Tudo o mais é irrelevante e transitório.
A posse dos bens vulgares é uma fonte de preocupações; podem os favores da fortuna acumulá-los, para os seus possuidores serão um peso, uma aflição e mesmo, por vezes, um acervo de ilusões.
Nenhum destes grandes senhores que tu vês vestidos de púrpura é feliz, como felizes não são os atores trágicos a que o argumento da peça concede o ceptro e a clâmide: perante o público, avançam altaneiros nos seus coturnos, mas, terminada a peça, descalçam-se e regressam à estatura normal!
Nenhum destes homens que as riquezas ou as honras elevam aos píncaros é verdadeiramente grande. Apenas parecem grandes porque os medimos em conjunto com a base onde se erguem. Ora nem um anão é grande se se empoleirar numa montanha nem um colosso diminuirá de tamanho se estiver no fundo de um poço!
Aqui reside o nosso erro, aqui está a origem das nossas falsas apreciações: não avaliarmos as pessoas pelo que são, preferindo observá-las sempre em conjunto com os seus acessórios.
Quando quiseres apreciar o verdadeiro valor de alguém, avaliar as suas qualidades, deves vê-lo sem adornos. Fora com os bens de família, fora com as honras e todos os demais embustes da fortuna, fora até com o próprio corpo: observa sim a sua alma, as suas qualidades, a sua grandeza, vê se essa grandeza é intrínseca ou extrínseca.
Se um homem olha para o reluzir dos gládios com o olhar firme, se está convicto de que é indiferente a alma sair pela boca ou pela garganta, podes chamar feliz esse homem! Se, quando se lhe dão a conhecer todos os tormentos físicos a que o acaso ou a prepotência dos Poderosos o podem submeter, ouve sem tremer falar em prisões, em exílios, em outros vãos terrores que afligem as mentes humanas; se é capaz de exclamar:
“Sofrimento algum, ó virgem, será para mim inédito ou inesperado; tudo pressenti, tudo meditei no íntimo da alma.(Vergílio, Aen., VI, 103-5.) Para quê pôr-me tudo isso diante dos olhos? Eu próprio sempre o tenho feito, e, como homem que sou, estou preparado para a condição humana!”
Um mal previamente pensado fere com menor violência. Só para os insensatos, para os seguidores da fortuna, é que a face do mal é inédita ou inesperada; aliás, para os inexpertos, grande parte do mal reside na novidade! Que de fato assim é prova-o o fato de um mal habitual se tornar mais fácil de suportar.
Por isso o sábio se vai habituando aos males futuros, vai tornando mais ligeiros graças ao pensamento aqueles males que para os outros se tornam ligeiros graças ao hábito. Sucede-nos por vezes ouvirmos da boca de não filósofos frases deste tipo: “eu sabia que ainda estava guardado para isto! … ” O sábio, por seu lado, sabe que ainda está guardado… para tudo, e assim, perante o que quer que lhe suceda, ele dirá sempre: “já sabia!. .. “
Passar bem!
(1) Metronacte, infra § 4. A carta 93 é inspirada pela sua morte, cercamente recente.
(2) O arauto que nos concursos musicais proclamava o nome do vencedor.
(3) A mesma oposição entre a multidão que assiste aos jogos e o número exíguo dos praticantes da filosofia em 80, 2: ou entre a azáfama das cozinhas e a solidão das escolas filosóficas em 95, 23.
(4) Cf. supra carta 41, 7-8.
(5) Sobre a distinção entre o bem em geral (bonum) e o bem moral (honestum), v. carta 118, 10-11.
(6) As estátuas dos antepassados denotam a pertença a alguma antiga e nobre família; o átrio cheio de gente (i. e., de clientes que vêm apresentar os cumpri- mentos matinais ao senhor) implica uma situação económica muito próspera.
(7) Cf. por ex. a anedota de Estilbão e Demétrio Poliorcetes (carta 9, 18).
(8) aventura, várias vezes contada por Séneca, de Múcio Cévola (por ex. 24, 5).
(9) V. Tito Lívio, XXI, 2, 6-7-.
(10) A título de exemplo, o caso de Xenofonte, v. Diógenes Laércio
(11) Cf., entre muitos casos possíveis, o exemplo dos Décios, pai e filho, citado por Séneca em 67, 9.
(12) Cf. supra, 74, 14 ss.