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15 de setembro de 2025

Carta 98 – Esquecido do trampolim que é a vida humana, convence-se de que no seu caso, por exceção , o acaso deixará de se fazer sentir.

Acredita que ninguém é feliz quando teme pela sua felicidade. Não se apoia em bases sólidas quem tira a sua satisfação de bens exteriores, pois acabará por perder o bem-estar que obteve. Pelo contrário, um bem que nasce dentro de nós é permanente e constante, e vai sempre crescendo até ao nosso último momento; todos os demais bens ante os quais se extasia o vulgo são bens […]

14 de setembro de 2025

Carta 97 – A sorte pode evitar a muitos o castigo, mas a ninguém evita o medo.

Enganas-te, caro Lucílio, se pensas que o luxo, o desprezo pelos bons costumes e aquilo que cada um em geral critica na sua própria época são vícios do nosso tempo: tudo isso é próprio dos homens, não das épocas. Nenhuma era esteve isenta de culpa. Se te puseres a avaliar o desregramento de cada época, (envergonho-me de o dizer!), nunca ele foi mais patente do que no […]

7 de agosto de 2025

Carta 59 – A fortuna não pode roubar aquilo que não deu!

A tua carta deu-me um enorme prazer. Consente que eu use o vocabulário de toda a gente, sem entenderes as minhas palavras em sentido estóico. É crença nossa que todo o prazer é um vício. Seja; nem por isso deixamos de empregar o termo “prazer” para denotar uma alegria interior. Sei muito bem, repito, que, de acordo com os nossos dogmas, o “prazer” é uma coisa indigna e que apenas […]